Citações, Música, Fotografia, Desabafos, Notícias & Opiniões de uma Lusitana em Terras da Germânia

Mittwoch, März 30, 2005

Egmond aan Zee


(foto retirada da web)

Estou de férias...
Na próxima semana regresso à blogosfera. Até lá deixo um abraço de maresias desde a Holanda a todos que por aqui passarem.
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Donnerstag, März 24, 2005

Boa Páscoa!


O sol volta de novo a brilhar com toda a força num céu azul, azul.
As temperaturas vão subindo e pela primeira vez no ano o dia e a noite tornam-se iguais.

Chegamos à data de equilibrio. Um periodo que nos remete à reflexão, agora que os dias negros se vão e a terra está pronta a receber a semente.

Uma altura do ano mágica, por toda a beleza e sensualidade que carrega.
É quando o Deus e a Deusa se apaixonam deixando de ser mãe e filho, sendo a vida semeada no seu ventre.
A vida explode em tons de alegria e cor. É tempo da Luz voltar a reinar.

Ostara é o Festival em honra da Deusa Oster, senhora da fertilidade, que tem como símbolo o coelho. Foi a partir deste festival tão antigo que teve origem a Páscoa.

Desejo a todos que por aqui passarem, uma Páscoa Feliz, cheia de vida, de cor e Luz.
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Samstag, März 19, 2005

Serviços Públicos Portugueses... (parte II)

Peço desculpa pela não actualização do blog com a devida frequência assim como pela minha falha nas visitas aos amigos bloguistas. Tudo se prende ao factor "saúde"! Regressarei tão breve quanto possivel. Deixo-vos então com a segunda e última parte desta história. Um bom fim de semana a todos.




Já na Alemanha começou a tratar do assunto com a SS de Viana do Castelo por ser mais fácil o contacto, eles utilizam e-mail! Repetiram-lhe a mesma história do atestado de aptidão para trabalhar certificado pela embaixada.

Fui então a um médico da empresa que lhe passou o atestado, um documento standard utilizado para fins internacionais e por conseguinte em inglês, só possivel por eu estar numa organização europeia. É o tal atestado importantíssimo que testemunha que a titular está apta para trabalhar, nao estivesse na situação de querer arranjar emprego. Com o atestado na mão, tentou saber quais os próximos passos a dar, obtendo a seguinte resposta da senhora da SS (já de Viana do Castelo, com quem decidiu tratar do assunto por ser possivel utilizar e-mail! justiça seja feita uma já surpreendente evolução.)

De harmonia com o disposto na lei n.º40/2004,de 18 de Agosto, na qualidade de bolseira de investigação, poderá requerer o seu enquadramento no regime contributivo do seguro soocial voluntário previsto pelo Dec.Lei 40/89, de 1 de Fev.º. Para tal, é indispensável a apresentação de requerimento próprio (http://www.seg-social.pt/do_formulario.asp?tit=Seguro+Social+Volunt%E1rio&x=7&y=11), que deve ser acompanhado de cópia do BI, declaração passada pela Fundação para a Ciência e Tecnologia comprovativa da qualidade de bolseira e certificação médica de aptidão para o trabalho (Art.º 25.º deste último diploma). Nos termos o art.º 31.º, a certificação da aptidão para o trabalho dos cidadãos nacionais que residam em território estrangeiro, é efectuada por declaração do médico assistente do interessado, autenticada pelos serviços consulares portugueses. Quanto ao montante mensal da contribuição a pagar, a mesma resulta da aplicação da taxa de 20% sobre a remuneração convencinal escolhida pelo interessado d'entre os 6 escalões legalmente estabelecidos e disponíveis no requerimento. Acresce informar que nos termos no n.º 4 do art.º 10.º da Lei 40/2004, os bolseiros abrangidos por este diploma, têm direito, por parte da instituição financiadora, à assunção dos encargos resultantes das contribuições que incidem sobre o primeiro dos escalões acima referidos.Esta e outra informação está disponível no site que acabo de descrever.

De seguida telefonou para os Serviços Consulares perguntando como proceder com o documento, ao que eles responderam com uma outra pergunta!! Se afinal o que ela queria era a comprovaçao da assinatura do médico ou a tradução do documento ou qualquer outra coisa... (estava a subestimá-los, são seres versáteis). Respondeu-lhes que o que queria era a certificação do documento para a SS, isto deveria ser um procedimento normal, pensam voçês. Nao é. Eles fazem o que o „freguês“ quiser: ou seja; comprovam assinatura do médico (por 18 euros) se para isso eu lhes enviar a assinatura do médico num papel contendo em cima o dito "Prova de Assinatura", se for para certificar a tradução eles apenas o farão se a mesma tiver sido feita por um dos tradutores oficiais da embaixada (+ custos indefinidos), etc. , etc.

Voltou a falar com a senhora da SS de Viana do Castelo, dizendo-lhe esta que "eles tem que saber o que tem que fazer" ao que a minha amiga perguntou: "e entao mas a senhora nao sabe?" resposta: ""mostre-lhes o decreto lei. OK, depois de ter o Decreto de Lei na mão, a amiga começa já a ficar baralhada, começou por pedir ajuda a um seu amigo advogado, perguntando-lhe como fazer a „coisa“ de acordo com a lei e da forma mais simples possivel. Parece que a grande duvida surge por ninguém saber o que é um documento certificado.
A esta altura as dúvidas já eram do tipo:

1.- Será que nao basta simplesmente mandar este atestado traduzido por uma tradutora nao oficial da embaixada mas com "carimbo" de tradutora? (Qual a legitimidade da embaixada e se a tem o porquê em obrigar a que a tradução possa apenas ser feita pelos seus próprios tradutores, ficando a pessoa sem opcção de escolha??);
2. - Pedir a prova da assinatura ao médico, a embaixada carimba a dizer que o médico é efectivamente um médico alemão, anexando a tradução do documento feito por uma tradutora da sua escolha;
3.- nao tem outra hipotese e tem de pagar a 1 tradutor oficial da embaixada para me traduzir 1 linha...
4.- o documento tem mesmo que ser traduzido ou até o pode entregar em ingles, já que é um modelo standard para assuntos internacionais?

O amigo advogado foi claro, dizendo:

„Tens apenas um problema: as
traduções têm de ser certificadas e a embaixada já mostrou que lhe faz confusão
praticar os dois actos (certificar a assinatura do médico e traduzir o
documento).
A tua sorte é que, no Direito Português, os Advogados podem certificar traduções!
<> Sugiro o seguinte: leva o papel à embaixada, para eles certificarem a assinatura do médico. Não peças para traduzirem. Depois, arranja a tradução do modelo todo apenas num ficheiro word. Envia-me o papel original pelo correio (morada indicada abaixo) e a tradução directamente por e-mail. Eu próprio faço as certificações exigidas pela lei portuguesa para as traduções de acordo com a lei portuguesa. Envio-te a tradução certificada por mim e anexada ao original de volta e tu podes mandar tudo para a SS.

Claro que tudo pareceu mais fácil e já quase resolvido, ficou contente e chegou até a pensar que assim sendo não iría falhar apesar da luta. Enganou-se redondamente, a capacidade de inovação dos burocratas e incompetentes é surpeendente...

Telefou para a embaixada para clarificar o processo da certificação da assinatura do médico. É agora necessário um aparte para dizer que a minha amiga está a morar em Munique, que tem "alguns" serviços de embaixada ou consulado mas nao estes. Todo este processo é tratado com os serviços consulares de Estugarda, a cerca de 250 km de Munique.


Entretanto no telefonema para o consulado eles começam por chutar a bola dizendo que para certificar um documento alemão terá que ser na embaixada alemã em portugal. A esta altura, os nervos já começam a dar de si, mesmo assim e com ainda alguma calma, a visada lei-lhes o Artigo onde diz claramente que são os Servicos Consulares Portugueses que tem que autenticar o documento. Confrontados mudam o discurso; "ah, o que a senhora pede é uma coisa diferente, que é o reconhecimento da
assinatura do médico". Bem parece que tinham começado a entender o que se pretendia, batia certo. Mais uma vez preguntou como fazer: " tem que pedir ao médico uma
prova de assinatura e mandar para o consulado com os 18 euros numa carta"- fazível. Entretanto a funcionária consular lembra-se de perguntar à minha amiga se esta já estava inscrita nos „seus magnifícos serviços“..., pois não estava. "Se
nao está nao podemos fazer nada até cá vir inscrever-se pessoalmente!!!!! Em Estugarda?? Perguntou ainda a minha amiga "mas eu tou em munique, a embaixada de munique nao faz isto?", Obteve um redondo "Nao!" como resposta. Lembro que para um cidadão português fazer o seu registo no Consulado, terá que levar uma Autorização de Residência passada pelos Serviços de Estrangeiros e um Certificado passado pelo Presidente da Freguesia da área de Residência, documentos que só são concedidos a emigrantes com Contratos de Trabalho ou Cônjuges de cidadãos do país de acolhimento. Os estudantes e afins tem estatuto diferente, daí que o simples facto de querer exercer o Direito de Voto a partir daqui, fica logo vedado a essas pessoas.

Conclusao: Estugarda é equivalente a dizer 250 km que custam cerca de 90 euros de comboio + um dia de férias + riscos de chegar lá e as coisas correrem mal para além das embaixadas estarem fechadas ao público depois da hora do almoço. Conclusão a que chegou a minha amiga:

DESISTIR!


Agora estas letras estao a passar em rodapé no final do filme, a explicar o destino da personagem:

„Depois disto a personagem principal reatou contactos com a SS de Viana do Castelo, dizendo que vai tratar deste assunto a Portugal, tirar férias (pois só é possivel às 3ª, 4ª e 5ªfeiras), agendar vôo, tratar de ter os exames todos prontos e sem possibilidade de falha no dia "D". Continua a investigar o assunto e espera ter o processo concluido em Junho.“
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Mittwoch, März 16, 2005

Serviços Públicos Portugueses... (parte I)

No seguimento da referência feita no post anterior, passo a relatar a “aventura” de uma amiga e ex-colega de trabalho, quando esta necessitou de um serviço num dos nossos Consulados.
Acreditem que por muito simples que seja o assunto, é de se ficar com a paciência esgotada.
Quando se tenta saber quais os documentos que fazem falta, (por telefone já que para muitos de nós uma ida a um Consulado implica sempre uma viagem, um dia férias etc), nunca ninguém sabe informar devidamente, conclusão; há sempre alguma coisa que falha não sendo possível resolver o assunto no próprio dia, uma vez que os Consulados não estão abertos ao público depois da hora de almoço. O funcionamento, salvo raras excepções, é tão ineficiente, que é mais lucrativo esperar pelas férias e tentar resolver o assunto em Portugal. Às vezes quase se fica com a sensação que não estão cá para nos ajudar mas para nos complicar a vida!!
Esta aventura será dividida em “capítulos”.

O filme teve início em Lisboa - Novembro de 2004, quando esta minha amiga começou a tratar da documentação para regularizar o seu estatuto a nível de descontos na Segurança Social (SS) em Lisboa.

Durante o período de 2001-2004, tinha estado inscrita na Segurança Social de Viana do Castelo como trabalhadora efectiva do quadro de uma empresa da região. Em Novembro de 2004 decidiu sair dessa empresa por ter conseguido uma Bolsa de Investigação do seu interesse na Alemanha.

Em Novembro de 2004 começou então por se dirigir à SS de Lx (local onde tem morada oficial) para regularizar a situação. Como bolseira passou a ter um outro estatuto - o "Seguro Social Voluntário". Na altura disseram-lhe que para o fazer precisava de entregar um determinado formulário preenchido, fotocópia do BI, outros documentos e (agora o principal motivo deste post) o actual "bico de obra" de estimação "um comprovatido médico atestando que estava apta para trabalhar". Começou logo por estranhar tal pedido pois se, efectivamente, tinha já comprovativos de que tinha sido aceite numa determinada Instituição tendo-lhe sido atribuida uma bolsa de investigação, qual o motivo da SS em querer saber se estava "apta para trabalhar", mas adiante, estava decidida a resolver a situação com o mínimo esforço possível...

Quis então saber como podia arranjar esse atestado. Mas pensam voçês que era possível um atestado de um médico "normal"? Não, tem que ser atestado por uma "junta médica" da própria SS. "Tudo bem, entao agende-ma se faz favor" disse ela. "Isso não pode ser assim, as juntas tem que ser marcadas numa outra SS, esta aqui não faz isso" (estava a minha amiga na Loja do Cidadão de Lisboa, que é suposto ser uma central burocrática). Seguiu então para a outra SS, perto da Avenida de Roma, onde esperou mais de 2 h, tempo suficiente para ir ao café vizinho onde encontrou 2 dos 4 funcionários que pelos vistos, à vez, fazem curtos intervalos de 20 minutos a meio da manhã independentemente do tamanho da fila.

Quando finalmente chegou a sua vez, a resposta veio prontamente "ai menina mas isso agora já nao dá para marcar a junta médica antes de se ir embora, elas andam com um atraso de 2 meses. Estamos no fim de Novembro só lhe consigo marcar para o fim de Janeiro". Demasiado tarde, tinha que estar na Alemanha no dia 3 de Janeiro de 2005. Mas acrescentou "mas a menina pode tratar disso lá, vai a um médico e depois certifica o documento na embaixada portuguesa". Pareceu-lhe possível e razoável, nao tendo nenhuma preciosa "cunha" na SS seria mesmo a única hipótese...
(Continua...)
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Samstag, März 12, 2005

Adaptação/Integração fácil ou não???

Últimamente tenho lido em alguns blogs de Portugueses no estrangeiro, queixas em relação ao povo e ao país que escolheram, por opção ou não para viverem actualmente.
Pois bem, embora reconheça que algumas das queixas até tem fundamento sou obrigada a discordar das pessoas que as fazem. Penso até, que este tipo de avaliações se deva só ao facto de ainda não ter havido tempo suficiente para um verdadeiro conhecimento que permita colocar os prós e os contras no prato da balança.
A maior parte dos defeitos apontados são completamente irrelevantes, considero-os antes como feitios. Entres eles aponto a organização e o cumprimento de horários, coisas que realmente os portugueses não conhecem ou não estão habituados.
Acredito que a adaptação não seja fácil para muitos de nós. Contudo se tentarmos entender e conhecer um pouco melhor o meio, o povo e o país que nos acolhe, ter a mente aberta a mudanças e um pouco mais de flexibilidade, não haverá grandes dificuldades na integração.
Não esquecer que nós somos os principais interessados em ser aceites e respeitados e como tal, isso só poderá acontecer se o sentimento for recíproco.
Sobre o país onde vivo, a Alemanha, existe uma ideia generalizada de que os alemães são um povo frio e racista. Confesso que também eu partilhava um pouco desse conceito.
A partir do momento que os começei a conhecer melhor e a conviver com eles no dia a dia, essa ideia foi completamente desmistificada.
Talvez essa seja a sua “capa” de protecção, uma vez que sentem que todos lhes apontam o dedo. Quem somos nós para culpar um povo ao longo de gerações pelas atrocidades de meia dúzia?? Não podem ser culpados, quando muito responsabilizados.
Nestes quase três anos que por cá ando, só tenho a dizer bem deste país e deste povo.
Claro que há “bestas” mas onde as não há???
Até agora recebi mais da Alemanha do que toda a vida passada no meu próprio país, que não renego, sou Portuguesa. Interesso-me por tudo o que lá se passa, regozijo ou sofro de igual forma conforme o caso.
Tento manter-me o mais informada possível sobre tudo o que se vive em Portugal, mas cada vez encontro mais e mais diferenças.
É certo que sinto saudades. Sinto saudades do mar, da familia dos amigos, porém quando vou de férias e se por azar sou confrontada com certas situações só me lembro que na verdade as diferenças de mentalidade e que por sua vez levam ao bom funcionamento de tudo o resto, são abissais. Por muito que nos custe estamos ainda muito longe, muito longe mesmo, para nos atrevermos a fazer comparações com a maioria dos países da U.E.
E nem sequer é necessário ir de férias a Portugal para nos lembrarmos de como funciona o sistema no nosso país, basta termos a infelicidade de por qualquer motivo ser necessário recorrer à Embaixada ou aos nossos Consulados.
Acreditem que o melhor será fazer uma preparação antes para não se chegar perto de um ataque de nervos... mas isso vai ser uma história que deixo para contar num outro episódio...
Aos Portugueses espalhados por aqui, só lhes posso dizer que tenham calma e tentem conhecer melhor o povo e o país onde se encontram, vão ver que a partir daí, tudo se tornará bem mais fácil...
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Donnerstag, März 10, 2005

Certeza.

"O verdadeiro inimigo da humanidade é o homem."
"Oscar Wilde"
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Dienstag, März 08, 2005

Anjos Mulheres

As mulheres voam
como os anjos
Com as suas asas feitas
de cristal de rocha da memória
Disponíveis
para voar
soltas...
Primeiro
lentamente uma por uma
Depois,
iguais aos pássaros
fundas...
Nadando,
juntas
Secreta a rasar o
chão
a rasar a fenda
da lua
no menstruo
por entre a fenda das pernas
Às vezes é o aço
que se prende
na luz
A dobrarmos o espaço?
Bruxas
pomos asas em vassouras
de vento
E voamos
Como as asas
lhe cresciam nas coxas
diziam dela
que era um anjo do mar
Rondo alto,
postas em nudez de ombros
e pernas
perseguindo,
pelos espaços,
lunares
da menstruação
e corpo desavindo
Não somos violência
mas o vôo
quando nadamos
de costas pelo vento
até à foz do tempo
no oceano denso
da nossa própria voz
Sabemos distinguir
a dormir
os anjos das rosas voadoras
pelo tacto?
Somos os anjos
do destino
com a alma
pelo avesso
do útero
Voamos a lua
menstruadas
Os homens gritam
- são as bruxas
As mulheres pensam
- são os anjos
As crianças dizem
- são as fadas
Fadas?
filigrana cintilante
de asas volteando
no fundo da vagina
Nadamos?
De costas,
no espaço deste século
Mudar o rumo
e as pernas mais ao
fundo
portas por trás
dobradas pelos rins
Abrindo o ar
com o corpo num só golpe
Soltas,
voando
até chegar ao fim
Dizem-nos
que nos limitemos ao espaço
Mas nós voamos
também
debaixo de água
Nós somos os anjos
deste tempo
Astronautas,
voando na memória
nas galáxias do vento...
Temos um pacto
com aquilo que
voa
- as aves
da poesia
- os anjos
do sexo
- o orgasmo
dos sonhos
Não há nada
que a nossa voz não abra
Nós somos as bruxas da palavra

"Maria Teresa Horta"

Dedicado a uma Mulher especial que hoje está duplamente de Parabéns. Um beijo Mãe.
E a todas as outras Mulheres que em pleno sec. XXI ainda não sabem o que é Igualdade de Direitos ou ter Liberdade de Escolha!
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Freitag, März 04, 2005

Palácio Darfeld

Na sequência dos Palácios da Westfália que tenho tentado mostrar aqui, hoje trago o Palácio Darfeld, no município de Rosendahl, cerca de 40 kms de Münster.

Um dos mais bonitos palácios da zona, também cercado por um fosso como quase todos os palácios da Münsterland, e construido no meio de um lago artificial.
O palácio não foi construido com o intuito de defesa, mas para servir de residência ao seu dono.

Até aos finais do Sec. XIII o palácio pertenceu à familia dos nobres Darfeld.
No ínicio do sec. XVII, o Cavaleiro Jobst von Vörden herdou o palácio e todos os terrenos à volta. Pouco depois, o mesmo contratou o arquitecto Gerhard Gröninger para proceder a alterações no edifício.

Através de registos e plantas da época, foi planeado um palácio octogonal com quatro torres e quatro acessos.
Este plano não se chegou a concretizar devido ao conflito que se gerou entre o dono e o arquitecto. Conflito esse que originou a paragem das obras.
Das oito “alas” planeadas só duas foram construidas, e apenas uma passagem para oeste.
Mais tarde, o palácio teve que ser vendido, já que os herdeiros de Jobst von Vörden gastaram tudo o que possuíam, ficando quase na miséria.
O palácio passou então para as mãos da familia Droste zu Vischering em 1680 e mantém-se na sua posse até aos dias de hoje.
Sobre esta construção sabe-se que é um exemplo único da arquitectura renascentista no norte da Alemanha.
Em 1899 sofreu um incêndio que destruiu parte do tecto e a sua reconstrução prolongou-se até 1904.
Durante a 2ª Grande Guerra, e nos 17 anos do pós-guerra a familia Droste zu Vischering abandonou o palácio, tendo este sido ocupado pelos alemães e de seguida pelos americanos, não se sabe muito bem com que fim.
Como não sofreu qualquer tipo de danificação, foi usado no pós-guerra como Lar para crianças orfãs, doentes e mutilados, sob a orientação das religiosas “Irmãs do Bom Coração”.

Existe uma capela (com apenas 100 anos) onde é celebrada missa todos os domingos, estando aberta aos visitantes durante a cerimónia. Para além da capela, também no parque, há uma casa de verão construida pelo arquitecto Johann Conrad Schlaun.


Actualmente e como já disse, é propriedade privada dos Condes Droste zu Vischering, que fazem uso do palácio como habitação própria.
Infelizmente os seus interiores estão interditos ao público, contudo é possivel visitar os parques à volta e os edifícios (exteriormente).

Só é permitido o acesso desde que seja feito a pé ou através de qualquer outro meio que não motorizado, o que torna o passeio ainda mais agradável, desfrutando-se plenamente da paisagem circundante, esta de especial beleza.

De referir que esta propriedade tem um “zelador” muito especial, um cisne negro, pronto a defender o território sempre que alguém se aventura mais do que o permitido...

Clicar Aqui para ver fotos panorâmicas.
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Donnerstag, März 03, 2005

Curriculum Vitae

Para quem tenta conseguir um emprego e até agora não teve sucesso, sugiro que espreitem esta nova modalidade!!! no mínimo bastante original...
Dizem até, que o "artista" francês que fez esse CV conseguiu em 2 semanas: 26 ofertas de emprego...
Houve 35 mil acessos à página.

CV

Não esquecer o sotaque, dá um "charme" especial.............
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Dienstag, März 01, 2005

Espera

Deito-me tarde
Espero por uma espécie de silêncio
Que nunca chega cedo
Espero a atenção a concentração da hora tardia
Ardente e nua
É então que os espelhos acendem o seu segundo brilho
É então que se vê o desenho do vazio
É então que se vê subitamente
A nossa própria mão poisada sobre a mesa

É então que se vê o passar do silêncio

Navegação antiquíssima e solene

"Sophia de Mello Breyner Andresen in Geografia"
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