Citações, Música, Fotografia, Desabafos, Notícias & Opiniões de uma Lusitana em Terras da Germânia

Donnerstag, September 28, 2006

Reflexão do Dia

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"War is always the choice of the chosen who will not have to fight" Bono
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Montag, September 25, 2006

Hoje é dia de Festa

2001...



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24 de Setembro de 2006

Um dia muito Feliz para um dos SOIS

que me ilumina o caminho dos dias
ADORO-TE

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Donnerstag, September 21, 2006

A Propósito de Etiquetas...

...correntes, manias e afins a que ninguém consegue escapar, mesmo quando quebramos as ditas respondendo só por consideração do remetente mas... não lhes dando seguimento.
Mesmo assim voltei a ser apanhada e a duplicar!! pela Blue C e pela Sandra.
Parece que o jogo consiste em escrever seis informações aleatórias sobre nós próprios e depois etiquetar mais 6 amigos.

Desta vez vou dar a “volta ao texto” e declaro alteração de regras!!
Não vou dar seis informações sobre a minha pessoa, porque elas tem sido dadas ao longo dos posts que faço ainda que expressas de maneira subtil.
Muitas das pessoas que por aqui passam, são amigos de longa data outros são mais recentes, outros ainda, esses em maior quantidade, são por enquanto, só amigos virtuais, daí que me pareça mais divertido saber qual a ideia que esses @migos fazem de mim. Por isso, quem estiver disposto (e não tiver nada melhor para fazer) pode “etiquetar[me]” em seis palavras, vale!

E como as regras foram alteradas, deixa de existir a obrigação em etiquetar mais seis, assim, todos que queiram, podem dar seguimento ao jogo.

Está aberta a sessão, vá lá, sejam “mauzinhos” mas não abusem ok ;o)
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Donnerstag, September 14, 2006

Sugestão de Fim de Semana

Fotografia: Micas - Julho/2006

O texto é um pouco longo mas vale a pena ler até ao final, porque retrata fielmente o espirito das Feiras Novas e o que representam para nós Limianos.
Tal como diz o Dr. Francisco Sampaio, como boa descendente da Galécia, que sou, ainda que longe lá estarei de alma e coração.

"Pode dizer-se que, com as Feiras Novas de Ponte de Lima, termina o ciclo de Romarias do Alto Minho, esta sedutora Vila, pérola do Minho, terra de Diogo Bernardes e António Feijó, que no lendário Lima e nessa Ribeira de encantos "terra mais linda não encontrei".

FEIRAS NOVAS, porquê?

Desde 1125 que existem as tradicionais feiras quinzenais de Ponte de Lima, designadas feiras velhas, às segundas-feiras, as mais antigas do País, já mencionadas no foral de D.ª Teresa, confirmadas por D. Dinis em 1212, passando a feira "real" no tempo do rei Fernando.
Em 1826 tendo como fundamento a existência de três dias de feira para comércio e maior veneração da Padroeira (a imagem de Nª Sr.ª das Dores) D. Pedro IV autorizou que fossem criadas as Feiras Novas, em oposição às velhas, nos três dias de festa, normalmente, no terceiro fim de semana do mês de Setembro.




Consulte o programa das Feiras Novas

"Mas as Feiras Novas são mais que romaria: são festa, feira, estúrdia e arraial.
Não precisamos de nos socorrer da narrativa maravilhosa do Conde d' Aurora porque elas aí estão, como outrora, a ser o grande centro das "trocas", naquele areal extenso, nas ruas locais, na Praça de Camões: a feira do gado, dos linhos e atoalhados, dos barros de Barcelos e Alvarães, de Prado e da Vista Alegre; o mercado das ferragens, da pregaria e das tacholas; das alfaias agrícolas, dos pipos e aduelas; dos vendedores ambulantes e aí, aparece de tudo: o calçado e o pronto a vestir, os cobertores e os relógios, as "bolachas" e a "cassette", o "ratinho" e as "panelas" e aquela voz roufenha e vernácula a dizer: "Eu sou o João de Venade".
Arraial, e aqui há que deixar a Avenida e mergulhar na areia, passar pelas tendas e, nas filas paralelas da multidão, forçar a custo a ida aos "carrosséis", ao "poço da morte", às "cadeirinhas", aos "carrinhos", ao "palácio do riso", ao "comboio fantasma", ao circo "Mexicano", aos "comes e bebes", aos "matraquilhos".
Os tascos ao ar livre também, não faltam. É a orgia de Baco em tendas escarranchadas, abertas ao sol do meio-dia; são os pipos bojudos a refrescar à sombra do verde loureiro, o bacalhau frito, a sardinha assada a boroa de milho, a malga do verdasco.
Mas chegou a hora das "filarmónicas". O sino da Matriz deu o toque. São as dez da noite uma noite cálida com a lua espelhada no rio.
É o principio do "arraial".
A "banda" da Festa, no palanque vistoso, e a preceito, arranca com a "1812", e os ecos da"Marselhesa" perdem-se pelos campos de "Além-da-ponte"; a outra, rival e não menos conceituada, bota para os apreciadores e são tantos (ainda bem) a "Tanhauser"; depois, o contra ataque e saem os acordes da "La Gazza Ladra". E a multidão arrasa, com palmas, maestro e executantes.
- Maravilha, melhor que nos Arcos.
Outros, com o ouvido mais - aguçado: "bom lábio aquele solo de trompete" e recorda a filarmónica que esteve no Senhor do Socorro. E todos se dirigem para o outro coreto! Uns esperam pelos primeiros compassos; outros mais reguilas aguardam que o papel com o nome da "peça" escolhida seja colocado no escaparate do palanque:
- Boa - dizem uns.
- Já não tem folgo - resmungam outros!
Os músicos da outra "banda" esperam de ouvido à "escuita"! E saem os primeiros andamentos. Há um misto de espanto, quase de incredibilidade nos "entendidos".
Por isso, já esquecido do último bouquet que iluminou os ares e fez do Lethes o rio do esquecimento, me descontraio por aquelas ruas da Vila, velhinha de séculos, já liberto do "stress" e dos forasteiros que me acotovelaram e me pisaram com o frenesim de assistirem ao espectáculo, aos cortejos, aos ranchos, à procissão e, contentes, em correria, ainda (até onde, talvez até à próxima discoteca?) vão perder o "segredo" das feiras Novas, o seu encanto, a sua história, o seu deslumbramento.
Fico-me, já liberto de intrusos, nesta comunidade limiana que me seduz e me traz, noite adentro, a nostalgia dos rumores da Ribeira Lima: de jograis, trovadores e poetas, serões e desfolhadas, castelos e peças, de cantigas de amigos e de amor, de escárnio e mal dizer!
É assim o Povo, pagador de promessas, folgazão e libertino.
Fico-me com o Cachadinha, o Delfim, o Caçador, o Rochinha e o Marinho, ao som das concertinas e das cantigas ao desafio, nas primeiras horas largas e sem tempo, naquelas "tasquinhas" de dentro da Vila, ali, a reviver e a comemorar lojas e moradias de quinhentos, com a Matriz a servir de fundo ao vira, à chula e ao malhão, ao verdasco e aos petiscos, da "Pensão Morais", do "Cem por Cento", do "Lampreia", do "Picapau" e do "Escondidinho".
Noite fora, a alegria não cai.
Os grupos percorrem a Vila. Confraternizam fidalgos de solar e jacobinos, as castrejas e as meninas de Ponte, "jeans" e saias avergastadas, "descamisadas" e "engravatados", o senhor Doutor e a moçoila da Correlhã. Ninguém pergunte se sabe dançar. E o grupo cresce em redor como que numa clara alusão ao nosso espírito gregário, e uma força anímica, feita de instinto e energia telúrica, faz balancear os corpos, o floreado dos pés, o entrelaçar dos braços, nas voltas do vira, o pedido de um beijo, um segredo de conversado!, o ciúme dos olhos pretos que a "feira das trocas" trocou mesmo.
Mas já as tendas do rio e do areal e da Alameda de S. João também se mexem!
É o Cachadinha!
E o Félix e a sua concertina mágica, ainda recordada da recente visita aos "Brasis" e às Américas.
Horas mortas da noite limiana, quentes neste peregrinar de Feiras Novas!
Começávamos no "Sarameleiro". Depois o "Petiscas" e a "Catrina". Sempre a infusa do verde a refrescar os pés doridos e as goelas ressequidas e os "rojões" quentes, as belouras e as farinhotas, manhã frouxa no meio do vira de oito, da serrinha, do vira velho, da caninha verde da praça!
Depois, já mais tarde era o Augusto.
Quanta saudade!
E passava, então, a velha ponte medieval, a pé, liberto de invejosidades e de tantas noites mal dormidas, a pensar na Capela do Anjo da Guarda e no velho souto da forca onde morreu um homem por roubar um galo! E o galo, milagre, morto, veio cantar a provar a inocência do condenado!
Depois, a velha ponte romana e a igreja de Santo António da Torre Velha
A animação não era menor, além da ponte!
Abanquei, como bom descendente da Galécia, na venda da "Lia". O Malheiro acompanhou-me, com chieira e estaleca, nesta noite de maré alta. Contou-me histórias lindas do seu amor à "Lia" (não é um nome de princesa?) e que teimou sempre em não casar! 50 anos namoradores agora já murchos de tanto noivar.
Quedei-me com o grupo de gente moça que esperava (até quando?), pela "carreira" até às Argas de S. Lourenço.
E dancei com elas no meio de pipos e de grades de cerveja, cestas do pão, restos de farnéis e avós ensonadas. O Félix, em palanque organizado a preceito, no canto da loja, bem arrimado a um canjorão de tinto (nunca bebe branco!) arrancou com os foles e as palhetas gastas, a última chula. Já não tocava, era a concertina que, na magia de tantos arraiais fazia a estúrdia.
Num espaço mais que exíguo, quase um corredor, rapazes e raparigas alinharam-se!
Primeiro, um passo à frente. Outro, atrás. Depois, primeiro os homens, depois as mulheres foram ao meio. E no canto da "tasca" mesmo junto à "Lia" que fritava as últimas pataniscas, à voz do "mandador", os pares enlaçavam-se.
Era o "Inferno"! Há misturas de sons de flautas com clarinetes e trombones; saxos e trompetes; pratos e bombos já cansados; mas todos, todos terminam a tempo com uma pancadaria infernal. E de novo a multidão arranca em aplausos; maestro e músicos agradecem com vénias!
Empatados!
Depois, são as rapsódias. Mas aí já não é o despique das ditas "clássicas", das que definem o valor e a escolha para o próximo ano.
É meia-noite!
Estraleja o foguetório e as lágrimas, as balonas e as girândolas enchem o céu do sonho das estrelas. E, de novo, lá vem a agulha do contraste, a subtileza do chiste, a certeza do comentário feito de muitos arraiais, olhos no ar a contar cada foguete, cada lágrima, cada cor, o barulho dos morteiros. E o ajuste está feito verrinoso, sarcaz:
- Melhor que n’Agonia!
Festa de participação, de uma religiosidade intensa, revivida, ano após ano, numa mística peculiarmente minhota, as Feiras Novas, são uma mostra colectiva de como em pleno século XX e já no dealbar no séc. XXI, uma comunidade ainda sabe perpetuar um ritual que mesmo perseguido pelas novas tecnologias, mantém um cunho de autenticidade difícil de encontrar noutras Feiras/Festas e Romarias, inclusive do Alto Minho, em que, praticamente, as festas de participação são nulas, transformando-se rapidamente em festas de representação com as comunidades a viverem as suas "romarias" mais como espectadores, num espectáculo a que aderem e até se esforçam mas que não deixa de ser uma revivescência para cumprir um programa ou uma promessa, contrato para turista ver.
Por isso mesmo, me confundo com aquela multidão no meio da poeira, do barulho, da algazarra, da cor, de luz e de som; me junto ao "cigano" que vende "Lacoste"; às tourinhas que já cangam; aos bácoros, lavadinhos, da última ninhada; às moçoilas que de Arcozelo trouxeram a sua cesta, o seu "farnelzinho", com a meia dúzia de ovos, a galinha preta, o garnizé, um quarto de feijão, um punhado de fruta; aos garranos que no seu "travadinho"fazem léguas de enfiada e até corridas no seu "trote" gracioso e brilhante; ao "bricabraque das barraquinhas da Avenida dos Plátanos e da Senhora da Guia.
E só ficaram os olhos e os lenços, e o colorido das saias vermelhas na alegria dos corpos: Ó vai meia, ó vai uma, ó vai duas.
E marcou, de novo: Ó meia lua; ó uma cheia.
Chegou a "carreira"!
Eram bem as sete da manhã!
A Vila era um esquecer de gestos e vozes, de sons de concertinas e cantigas ao desafio de uma vida de taleigas e angústias, do "stress" do quotidiano!
Na neblina da manhã, sinos de bronze ecoaram pela Praça de Camões, pela Avenida dos Plátanos, pela Senhora da Guia, por arcos, grinaldas e festões, pelas tendas do rio e do areal e correram Ribeira acima, por encostas e vales, por torres e solares, vinhedos, leiras e hortas, na esperança do dia que, de novo, vai nascer! Eu esqueci-me do tempo neste regresso atávico e cíclico que, nas Feiras Novas, faço à Natureza Mãe neste mítico de regresso às origens.
Até p'ró ano!"

"Texto do Dr. Francisco Sampaio, Presidente da Região de Turismo do Alto Minho (1989)"




Agradeço ao Zé M. Santos, a autorização e ajuda na colocação de uma das músicas do seu Grupo (Norte Sul), aqui neste espaço. Obrigada Zé, pela gentileza.

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Montag, September 04, 2006

Moin, Moin...

Talvez seja a melhor maneira para começar a falar sobre a costa do Mar do Norte, uma vez que essa palavra é o que melhor caracteriza os habitantes da Baixa Saxónia do Norte. É usada a qualquer hora do dia como forma de saudação e já quase se tornou num ex-libris desse estado Alemão.


É uma zona muito bonita, de mar, baixios, vento, e pântanos melancólicos.
O Norte da Baixa Saxónia combina territórios de vários contrastes como a Frísia Oriental e por exemplo a charneca de Lüneburg.

Fotografia: Micas - Praia de Neuharlingersiel/2006

As grandes ilhas da Frísia Oriental, que se encontram alinhadas diante da costa, constituem um dos destinos favoritos nas férias de verão.
Extensas praias, dunas e um mar extremamente calmo são um verdadeiro convite à descontração.
Sobre as praias, falarei em outra ocasião, porque realmente vale a pena falar sobre esse assunto por várias razões, uma das quais o ser cobrada entrada em quase todas as praias, a todos que pretendem usufruir das mesmas... E esta hein!!

Foto. - Micas - Porto de Neuharlingersiel/2006

Foto - Micas - Pormenor da Praça de Werdum/2006

Foto - Micas - Fabrica de cerveja em Werdum/2006

As gentes locais são diferentes, mais corpulentos, cabelos vermelhos ou de um louro diria quase platinado, olhos de um verde/azul cristalino, talvez por esta zona se encontrar meia „entalada“ entre a Holanda e a Dinamarca, parecem mais Vickings do que outra coisa.

Foto - Micas - Werdum/2006
Algumas aldeias são tão pequenas que o café muitas vezes serve de posto de correio ao mesmo tempo.

Foto - Micas - Pálacio em Esens/2006

Foto - Micas - Região pântanosa/2006

Também se encontram aldeias de autênticos contos de fadas com os seus moinhos de vento e prados verdejantes repletos de vacas malhadas que vão pastando entre sebes e pântanos. Paisagens verdadeiramente búcolicas.

Foto - Micas - Moínho de vento em Werdum/2006

Embora tivesse achado esta zona muito romântica e com uma beleza muito especial, confesso que pessoalmente prefiro paisagens mais agrestes e selvagens.
É sem dúvida o local ideal para quem procura tranquilidade, paz, inspiração.
O mar parece sem vida de tão calmo, senti-me como se estivesse presa dentro de uma qualquer aguarela.
Tudo parece perfeito demais, tudo parece desenhado a régua e esquadro, tudo é tão, tão... alemão!!
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