Citações, Música, Fotografia, Desabafos, Notícias & Opiniões de uma Lusitana em Terras da Germânia

Freitag, März 04, 2005

Palácio Darfeld

Na sequência dos Palácios da Westfália que tenho tentado mostrar aqui, hoje trago o Palácio Darfeld, no município de Rosendahl, cerca de 40 kms de Münster.

Um dos mais bonitos palácios da zona, também cercado por um fosso como quase todos os palácios da Münsterland, e construido no meio de um lago artificial.
O palácio não foi construido com o intuito de defesa, mas para servir de residência ao seu dono.

Até aos finais do Sec. XIII o palácio pertenceu à familia dos nobres Darfeld.
No ínicio do sec. XVII, o Cavaleiro Jobst von Vörden herdou o palácio e todos os terrenos à volta. Pouco depois, o mesmo contratou o arquitecto Gerhard Gröninger para proceder a alterações no edifício.

Através de registos e plantas da época, foi planeado um palácio octogonal com quatro torres e quatro acessos.
Este plano não se chegou a concretizar devido ao conflito que se gerou entre o dono e o arquitecto. Conflito esse que originou a paragem das obras.
Das oito “alas” planeadas só duas foram construidas, e apenas uma passagem para oeste.
Mais tarde, o palácio teve que ser vendido, já que os herdeiros de Jobst von Vörden gastaram tudo o que possuíam, ficando quase na miséria.
O palácio passou então para as mãos da familia Droste zu Vischering em 1680 e mantém-se na sua posse até aos dias de hoje.
Sobre esta construção sabe-se que é um exemplo único da arquitectura renascentista no norte da Alemanha.
Em 1899 sofreu um incêndio que destruiu parte do tecto e a sua reconstrução prolongou-se até 1904.
Durante a 2ª Grande Guerra, e nos 17 anos do pós-guerra a familia Droste zu Vischering abandonou o palácio, tendo este sido ocupado pelos alemães e de seguida pelos americanos, não se sabe muito bem com que fim.
Como não sofreu qualquer tipo de danificação, foi usado no pós-guerra como Lar para crianças orfãs, doentes e mutilados, sob a orientação das religiosas “Irmãs do Bom Coração”.

Existe uma capela (com apenas 100 anos) onde é celebrada missa todos os domingos, estando aberta aos visitantes durante a cerimónia. Para além da capela, também no parque, há uma casa de verão construida pelo arquitecto Johann Conrad Schlaun.


Actualmente e como já disse, é propriedade privada dos Condes Droste zu Vischering, que fazem uso do palácio como habitação própria.
Infelizmente os seus interiores estão interditos ao público, contudo é possivel visitar os parques à volta e os edifícios (exteriormente).

Só é permitido o acesso desde que seja feito a pé ou através de qualquer outro meio que não motorizado, o que torna o passeio ainda mais agradável, desfrutando-se plenamente da paisagem circundante, esta de especial beleza.

De referir que esta propriedade tem um “zelador” muito especial, um cisne negro, pronto a defender o território sempre que alguém se aventura mais do que o permitido...

Clicar Aqui para ver fotos panorâmicas.
Comments:

7 Comments:

  • At 11:23 PM, Anonymous Anonym said…

    Descobri o teu blog por mero acaso. Gostei bastante da visita que aqui fiz. Parabéns

     
  • At 8:59 PM, Blogger liliana miranda said…

    Belíssimo.. obrigada pelo passeio fantástico!!!
    beijinhos,

     
  • At 11:41 AM, Blogger eduardo said…

    É lindo!

     
  • At 9:46 PM, Blogger almadepoeta said…

    A maneira como escreves é tão clara que me senti numa visita guida sempre acompanhada pelo cisne preto é claro....beijinho

     
  • At 11:44 PM, Blogger Å®t Øf £övë said…

    Os palácios por vezes parecem lendas vivas.
    Isto porque nos dias que correm nos custa a acreditar que algum dia alguém tenha construido este tipo de palácios para habitação própria.
    Sinais dos tempos....
    Mas ainda bem que eles ainda existem para que possámos ver coisas tão bonitas e ainda palpáveis que no fundo fazem parte da história.
    Boa semana.
    Bjs.

     
  • At 3:58 PM, Blogger A. said…

    Que saudades de visitar castelos e palácios...
    Obrigada por esta visita guiada.
    Beijocas.

     
  • At 12:46 AM, Anonymous Anonym said…

    LetrasAoAcaso


    Perder-me-ía entre esses jardins - ou outros - acaso pudesse murmurar...
    O meu beijo, Maria com ausências.

     

Kommentar veröffentlichen

<< Home


referer referrer referers referrers http_referer