Continuando a passear pela Irlanda é obrigatória uma visita à capital, Dublin.
Origináriamente era uma cidade Vicking, à qual foi dado o nome de “Dubh Linn” devido a um grande lago que existia na área. Os Celtas chamaram-lhe ’Áth Cliath, hoje em dia o nome em gaélico é Baile A’tha Cliath.
Dublin aninhou-se entre as montanhas e o mar, por si só uma cidade vibrante e em constante mudança, com um nível de vida bastante alto em relação ao resto do país e até mesmo a algumas grandes cidades europeias.
Possuidora de uma arquitectura mesclada que vai desde o medieval passando pelo Georgiano até ao moderno, bastante colorida e famosa pelas suas portas.
Berço de grandes gigantes da literatura, tais como Kavanagh, Shaw, O’casey, Beckett, James Joyce, Oscar Wilde (um dos meus mais queridos), entre outros.
Na sua herança cultural, encontramos edíficios públicos magníficos, Leinster House, o Banco da Irlanda, a não perder, o Museu Nacional que alberga tesouros suberbos da Idade do Bronze e dos primórdios do Cristianismo, Dublin Castle, Christ Church Cathedral talvez a mais antiga de toda a Irlanda, tendo sido Sitriuc, o rei vicking dinamarquês para Dublin que ali contruiu uma primeira fase, ainda em madeira no ano 1038.
(Christ Church Cathedral - Dublin)
Posteriormente, em 1171 foi remodelada e aumentada já em pedra.
Ao longo do tempo foi passando por várias transformações e aumentos, datando os últimos de 1871 e que a deixou tal como hoje se encontra.
Depois disso já sofreu restauros na sua maioria de estilo Victoriano.
No seu interior ainda é poss+ivel visitar uma cripta completamente medieval que data de 1188.
Esta catedral é considerada a „Mãe de toda a Igreja da Irlanda“.
Uma passagem pela Ha’penny Bridge, a primeira ponte pedonal sobre o rio Liffey.
São tantos e tantos monumentos e locais de interesse em Dublin que não é possível mencionar todos num único post, por isso deixo-os à vossa descoberta, contudo, não posso deixar de aconselhar uma visita aprimorada à mais antiga universidade do país, Trinity college.
Quando foi construida em 1592 a sua política era: „Nem mulheres nem católicos“ ???...bem, os tempos mudaram e as tradições já não são o que eram... tendo a Universidade aberto as suas portas aos católicos há 200 anos, e o sexo feminino também conseguiu autorização para frequentar a mesma desde o início do século passado.
Para quem ama os livros de paixão como eu, uma visita à biblioteca da universidade é obrigatória.
Além de ser uma das bibliotecas mais antigas da Irlanda, é belíssima.
Possui à volta de 3 milhões de livros entre manuscritos e livros antigos ao longo dos seus 70metros de comprimento.
Em exposição no mesmo local, encontra-se a harpa de Brian Boru, rei da Irlanda no séc. XII.
É a harpa existente mais antiga e a sua imagem serve de cunho aos €uros Irlandeses, mas isto não é nada comparado ao verdadeiro tesouro que guarda! The Book Of Kells, para quem não sabe trata-se de um manuscrito com cerca de 1200 anos, ornamentado, contendo 340 pergaminhos que são nada mais nada menos do que a cópia iluminada do evangelho, feita por monges por volta 800 dc o que faz desta maravilha um dos livros mais antigos do mundo.
Não encontro as palavras certas para expressar a sensação que é olhar aquela preciosidade, de uma beleza impressionante, o sentir é tão forte que quase se torna impossível não ficar com os olhos marejados de água.
Como podem calcular não é permitido fotografar ou filmar dentro da biblioteca por razões que são óbvias, contudo é possível comprar uma reprodução do livro, e ficar com as fotografias do desdobrável que oferecem à entrada.
Entre os famosos que lá estudaram encontram-se nomes como Oscar Wilde, Jonathan Swift, Bram Stoker entre outros.
Vale mais do que a pena passar uma tarde nesta biblioteca.
Não esquecer de guardar alguma energia para mais tarde, é que Dublin também é famosa pela sua „night-life“, mas antes, uma passagem pela fabrica da
Guiness.
Como curiosidade, Arthur Guiness assinou em 1759 o contrato de arrendamento do edifício por um período de 9000 anos com uma renda fixa até ao final do mesmo de £45 anuais, como caução inícial entregou £100, esperto este Sr. Guiness.
Escolher um programa nocturno, também não é tarefa muito fácil, com um elevado número de pubs e clubes que vão desde os modernos bares Trendy até aos velhinhos e típicos pubs, faz da “movida Irlandesa” uma das mais conceituadas da Europa.
Há entretenimento para todos os gostos e fachas etárias.
A noite pode começar pela difícil escolha do local para jantar devido há grande variedade de cozinha internacional existente, depois há teatro, concertos rock, festivais, clubes de jazz e de música tradicional, etc, etc.
Tudo isto mais ou menos concentrado numa zona que dá pelo nome de Temple Bar ou "quarteirão das artes".
Os edifícios são todos destinados à arte e aos artistas.
Ficam os links para uma
visita virtual a toda esta
zona.
E porque este texto já vai longo apesar de ficar muito por dizer, hoje ficamos por aqui num destes pubs, so, let’s have a Guiness on me!!
(continua)