Citações, Música, Fotografia, Desabafos, Notícias & Opiniões de uma Lusitana em Terras da Germânia

Montag, April 30, 2007

Abril em Beleza

Realmente o mês de Abril fechou da melhor maneira possivel.
Para além das temperaturas de verão na ordem dos 30ºC, o que em Abril na Alemanha é completamente surreal, na passada quinta-feira ao chegar a casa, tinha uma agradável surpresa à espera...


“Embora os trabalhos do Grupo visem, em particular, a música que se toca a sul do Tejo, é a diversidade geográfica dos seus 11 membros permanentes que lhe dá a riqueza. Temos gente das beiras, de trás-os-montes, da estremadura, africanos, e claro alentejanos. Já editamos 5 trabalhos de originais, escritos e compostos pelo Grupo, e estamos com o próximo na forja. O Grupo tem o seu espaço de ensaios, cedido no Centro Cultural da Lage, e conta com o apoio, sempre omnipresente da Câmara Municipal de Oeiras.

E assim tem sido este o caminho percorrido pelo Grupo Norte-Sul ao logo dos seus já 21 anos de actividade.”
"In Perdigão perdeu a Pena, 6 de Maio de 2006"

Obrigada , pela gentileza e um grande Bem Haja a todos os elementos do Grupo por levarem em frente um projecto tão bonito como é o manter vivas as nossas raízes e a nossa música tradicional.



O livro é uma compilação de textos, editado pela RDP Antena 1, dos quais também faz parte “Mar de Memórias” cujo autor é nada mais nada menos...exactamente, é o .

Hoje, tive uma surpresa deveras inesperada...fui galardoada com o Oscarino, atribuído pelo O Sino da Aldeia na categoria de Fotografia. Obrigada Jorge pela honra concedida, é com orgulho imenso que a recebo, embora ache que não mereça.



E não se esqueçam, aproveitem o feriado com um livro por companhia ao som de boa música tradicional Portuguesa.

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Montag, April 23, 2007

Crianças saudáveis e felizes

Cada vez se ouve mais falar em crianças obesas, um problema que vem crescendo nos países desenvolvidos ou em desenvolvimento.
Este problema penso que não se deve só à pratica de uma má alimentação mas também à inércia dos próprios pais que, por falta de tempo ou comodidade deixam os filhos passarem horas sem fim em frente a um televisor ou computador.
Não é difícil manter as crianças ocupadas desde que haja um pouco de boa vontade e algumas ideias.
Aqui em casa, televisão e computador ficam restritos a uma hora diária repartida, contudo passam-se dias sem que eles sequer falem em programas de televisão ou jogos de computador.
As horas livres que eles tem dividem-se entre actividades de desporto ou música e quando estão em casa, há sempre coisas divertidas que se podem fazer, desde pintura, jardinagem, trabalhos manuais ou cozinha, para não falar nas brincadeiras com os amigos lá fora na rua, porque tenho a sorte de viver num lugar onde espaços verdes e segurança ainda são possiveis.

A filhota mais velha a receber mais uma insígnia

A mais velhinha (10 anos) tem energia para dar e vender, por isso para além das actividades desportivas que pratica, pertence a um grupo de Escutismo, fazem imensas coisas ao ar livre, incluindo campismo que ela adora.
Os miúdos gostam de coisas novas, conseguir mantê-los sempre ocupados não é tarefa muito fácil, mas também não é impossível, é uma questão de gerir o nosso tempo com o deles, afinal não é assim tanto o tempo que eles passam em casa.
Basta um pouco de boa vontade e todos se podem divertir juntos, pais e crianças. Assim, para além de se investir numa relação familiar com laços afectivos mais sólidos, teremos crianças saúdaveis e confiantes para que cresçam com sentido de responsabilidade, disciplina e seguras de si. É um investimento que se faz no desenvolvimento deles como "Ser".
Estes são alguns dos trabalhos que os meus "pequenotes" fizeram nas férias da Páscoa.

O saco do lanche que a Barbara (5 anos) pintou


Dois trabalhos da Anna (10 anos)

As plantas semeadas pela Barbara e pelo Philip (3 anos)


Não é de todo difícil ocupar as crianças com tarefas divertidas, basta apenas um pouco de tempo e deixar a imaginação funcionar, as nossas crianças são o futuro de um país, não os deixemos crescer doentes seja fisicamente ou psicologicamente.
Vale a pena apostar, afinal serão a nossa continuação por cá.
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Freitag, April 13, 2007

E a Holanda aqui tão perto...

A zona onde vivo fica situada a uns escassos 60kms da fronteira com a Holanda e, tal como o minho tem uma convivência salutar com a galiza, o mesmo acontece entre estas zonas fronteiriças da Alemanha e Holanda.
Há bastantes holandeses deste lado da mesma forma que se encontram alemães do outro lado, seja por questões profissionais ou pessoais. Quase toda a gente tem amigos do lado de lá e, o convívio é grande de parte a parte entre estas duas zonas.
Isto para falar de uma cidadezinha onde costumo ir amiúde visitar amigos. Heusden (a pág. está em holandês, mas vale a pena ver as fotografias).
Heusden fica situada no sul da Holanda entre Waalwik e Hertogenbosch.
Vista do alto parece uma pintura feita sobre a água.

(desconheço o autor)

A historia desta pequena cidade remonta ao sec. XIII quando foi construida uma fortificação para substituir o castelo que tinha sido destruido pelo Duque de Brabant em 1202.
A cidade só recebeu direitos de cidade em 1318, até ali fora pertença dos sucessivos Duques de Brabant.


Com a construção de muralhas e fossos o castelo ficou no meio da fortificação e perdeu a sua função de protecção principal, passando a ser usado como paiol de armas e munições.
Em 1680 o castelo foi atingido por um raio durante uma tempestado, o que fez explodir trinta mil kgs. de pólvora e outras munições aí armazenadas, destruindo o castelo completamente.






Hoje em dia apenas se pode ver uma pequena parte da estructura do castelo já que o mesmo nunca mais voltou a ser reconstruido na sua totalidade.
Durante a II Grande Guerra, Heusden foi ocupada pelos Alemães. As caves da antiga Câmara Municipal serviam como abrigo aos civis durante os bombardeamentos e, os alemães usavam esse idíficio como centro de comunicações e hospital.
Uma cidade pequenina, recheada de factos históricos devido a ter sido sempre um ponto estratégico e objecto de cobiça de muitos que ali chegavam.



Hoje é apenas uma cidadezinha pacata, onde dá prazer passear ao longo das suas ruazinhas simpáticas e rústicas, onde os únicos sons que se ouvem são os das bicicletas, o marulhar das águas a cada vez que um barco entra ou sai, ou das velas dos moinhos que ainda funcionam nem que seja só para turista ver.



Fotografias: Micas - Heusden/Abril2007


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Freitag, April 06, 2007

Música no "Acto"

Em resposta ao desafio que me foi lançado pelo irmão da Galiza a um "xoguinho" iniciado já por outros celt'ibéricos, o Harvey e a Mallou, em que nos é pedida uma lista com músicas adequadas ao "acto de amar", eu proponho apenas...




depois...
bem, depois as únicas músicas que gosto de ouvir são as dos beijos, carícias e todas as melodias que dois corpos que se amam fazem quando ardem de paixão, porque só assim faz sentido... ;D))
É suposto passar este jogo adiante, eu prefiro deixar o convite aberto a todos que queiram participar.
Venham daí essas músicas e,
Boa Páscoa a todos que por aqui passarem.



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Sonntag, April 01, 2007

Uma prenda especial



Estes últimos dias, embora me tivessem afastado da blogosfera, serviram para descansar e fazer bem à saudade...
É que recebi uma prenda valiosa, tive visitas muito queridas cá em casa, amigos, e os amigos são a melhor prenda que alguém pode receber...

Rita & Zé - Münster 03/07


A Rita, amiga de infância, crescemos juntas na mesma rua, a mesma onde ainda hoje regressamos às casas nos nossos pais, e o que além de ser também amigo e Limiano, é a “cara-metade” da Rita.
Considero-me uma pessoa de sorte por ter bons amigos que trago desde a infância, amigos atentos, sabedores das coisas a que dou valor e me fazem feliz.
Tudo isto a propósito da prenda que me ofereceram para além da sua visita, uma das mais bonitas nos últimos tempos.

(capa do livro: Praias de Viana do Castelo: espaços naturais -Edição da Câmara Municipal de Viana do Castelo)

Um livro. Um livro por si só, é já uma das coisas que mais gosto de receber, mas este é muiitoo especial.
Primeiro, porque a autora, Susana Matos é também uma amiga de infância comum, e depois porque é um livro que me transporta aos meus refúgios quase secretos, do "meu" litoral minhoto [ainda] selvagem e que trago na alma.


Das praias pequeninas e rochosas, das dunas salpicadas pela mais variada flora multicolor, do mar de azul intenso, ora calmo como um lago ora revolto como cavalo indomado.




E a "Casa da Micas" aqui tão perto...

Um livro onde a fotografia é rainha primando pela qualidade, com textos bilíngue (português/inglês) de Elizabeth Teles e que teve o seu lançamento no passado dia 9 de Março, na loja Fnac do NorteShopping.
Um livro que dá prazer folhear e que nos faz voar.
Um livro que aconselho vivamente.

A autora (e amiga) - Susana Matos

Por todos os sentires e memórias que este livro me dá, um grande Obrigada e um grande Bem Haja, Rita e Zé. E para ti Susana também, por trazeres a alma no olhar.
Souberam a pouco estes dias passados entre passeios e longas conversas, a saudade já se faz sentir...
Até breve, desta vez por Terras Minhotas.
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