Castelo Schloßberg

Na sequência dos posts que há muito começei sobre os “Castelos da Westfália”, retomo o circuito dos mesmos, desta vez com um castelo que não pertence à província da Münsterland mas antes à província limítrofe Sauerland no Ruhr.

Foto: Micas - Jan/06

O Castelo Schloßberg (clicar), situa-se no alto da colina da parte velha de Arnsberg, conhecida mesmo por Alt Arnsberg ( velha Arnsberg).
O mesmo foi mandado erigir em finais do sec. XI inícios do sec. XII, pelos duques de Arnsberg que na altura tinham lá a sede do condado, a “velha Arnsberg” era o centro da jurisdição Westfálica.

Foto: Micas - Jan/06

O castelo é referenciado em documentos pela primeira vez em 1102.
Um dos condes de Arnsberg mais famoso, conhecido como Friedrich o Guerreiro (1092-1124) deixou o castelo como herança ao seu genro, o conde holandês Gottfried I von Cujk.

A partir daqui o castelo ficou manchado pelo assassínio de um dos filhos de Gottfried I, deixado morrer à fome no cárcere do edifício pelo seu próprio irmão, o conde Friedrich I, devido a conflitos sobre a herança.

Foto: Micas - Jan/06

Em 1368, o último herdeiro da familia, o conde Gottfried IV, passou o castelo para o Arcebispado de Colónia, perdendo assim Arnsberg a sua independência e, passando o castelo a ser residência do Arcebispado.
Já em 1575/78, foram feitos alguns trabalhos de restauro pelo Princípe Salentin von Isenburg.

Foto: Micas - Jan/06

Serviu ainda como base para os militares durante a guerra dos 30 anos (1618-1648).

Foto: Micas - Jan/06

Mas foi só em 1661, que o castelo sofreu remodelações profundas nos seus interiores e exteriores, obras essas mandadas fazer pelo princípe Max Heinrich.

Foto: Micas - Jan/06

Ainda no que diz respeito a restauros, o castelo foi totalmente remodelado entre 1730/1734, pelo arquitecto Johann Schaun num estilo renascentista.
Finalmente em 1816 passou a pertencer à Prussia tornando-se a sede da Administração local.
Já em finais do sec. XX, a cidade foi geminada com a cidade inglesa de London Borough of Bexley.

Foto: Micas - Jan/06

Ainda hoje o pequeno burgo junto ao castelo, guarda a traça medieval em todas as suas construções. É um local muito bonito e muito tranquilo.

E de lá do alto, o velho “senhor”, de porte altivo e imponente, continua a olhar o Ruhr que corre lânguidamente no seu leito, enquanto protege a buliçosa e moderna Arnsberg que vai crescendo a seus pés.

Foto: Micas - Jan/06

Gravado a Fogo

Cinco e trinta de uma madrugada gelada de Fevereiro. Para trás ficou o aconchego da casa adormecida, o aroma do café acabado de fazer, e os passos marcados na neve fofa caída nos últimos dias.
O grande pássaro está pronto para a descolagem, rumo ao sul, rumo ao mar, azul , intenso, que trago no peito.
Mais uma viagem de tantas outras, esta, feita num misto de ansiedade e angústia.
Olho os rostos à minha volta, alguns dormitam, outros lêem, outros ainda tentam transparecer uma falsa tranquilidade.

Deixo escapar um sorriso, analisar as pessoas é um exercício que gosto de fazer, imaginar o que está para lá do corpo que se move, observar para além do que nos é dado ver. Humm, nada de especial.
Mais uma página das “Intermitências” de Saramago que, a esta hora da manhã também não me consegue prender a atenção.
Espreito então pela minúscula janela e, o olhar perde-se na imensidão do negro de uma noite que vai chegando ao fim.

Foto: Micas - Fev./06

Como que presa num encantamento, vou perscrutando o espaço infinito na procura de um ponto de "Luz"...

Foto: Micas - Fev./06

Lá longe, diviso um "Ser" superior que vai rasgando aquele negro devagar...devagar... devagar...

Foto: Micas - Fev./06

Brinca com a minha pequenez e insignificância de ser mortal, sentada naquele pássaro de aço que vai sulcando o seu território.

Foto: Micas - Fev./06

Ri da minha cara de completo fascínio por aquela linha imaginária que se vai abrindo perante um olhar desperto.

Foto: Micas - Fev./06

Os olhos, sempre os olhos... mero instrumento do corpo que o coração se serve para reter emoções e sentires de momentos únicos, mas que para sempre ficarão gravados a fogo na intemporalidade da alma.

Foto: Micas - Fev./06

5 Manias???

Parece que também não foi desta que me consegui safar de mais um desafio em cadeia na blogosfera... bem, querida Algodão, desta vez estás perdoada, com a falta de tempo que anda por aqui, um post destes vem mesmo a calhar…

As regras:

"Cada bloguista participante tem de enunciar cinco manias suas, hábitos muito pessoais que os diferenciem do comum dos mortais. E além de dar ao público conhecimento dessas particularidades, tem de escolher cinco outros bloguistas para entrarem, igualmente, no jogo, não se esquecendo de deixar nos respectivos blogues aviso do "recrutamento". Ademais, cada participante deve reproduzir este "regulamento" no seu blogue."

Pedem-me cinco manias…só??? mas eu tenho tantas…

Tenho a mania ...

... de observar e analisar tudo o que me rodeia, questionar e questionar-me.
... da música e dos livros, não consigo imaginar a minha vida sem eles.
... de andar descalça (em criança perdia imensos sapatos)
... de tudo o que está ligado ao mundo celta (são as raízes a falarem mais alto).
... de sonhar...serei uma eterna sonhadora (de pés bem assentes na terra).
... que acredito que o mar foi criado só para mim.
... dos banhos de mar à noite (sempre que possivel).
... Desde os meus 13 anos que tenho a mania de considerar David Bowie como o grande "Senhor" das artes do séc. XX / XXI.

- Tenho a mania de...Ups...já ultrapassei o que me era pedido!!!

A quem lanço o desafio?

Como não sou muito "amiga" de correntes tendo até a mania de as quebrar, lanço o desafio a todos quantos estiverem dispostos a fazê-lo.

Divirtam-se!!!

Aos meus (verdadeiros) AMIGOS.

Fotografia: Micas - Jan/06

"Um dia a maioria de nós irá separar-se.

Sentiremos saudades de todas as conversas jogadas fora,

das descobertas que fizemos, dos sonhos que tivemos,

dos tantos risos e momentos que partilhamos.

Saudades até dos momentos de lágrimas, da angústia,

das vésperas dos finais de semana,

dos finais de ano, enfim... do companheirismo vivido.

Sempre pensei que as amizades continuassem para sempre.
Hoje não tenho mais tanta certeza disso.

Em breve cada um vai para seu lado,

seja pelo destino ou por algum desentendimento,

segue a sua vida.

Talvez continuemos a nos encontrar, quem sabe...nas cartas que trocaremos.

Podemos falar ao telefone e dizer algumas tolices...
Aí, os dias vão passar, meses...anos...

até este contacto se tornar cada vez mais raro.

Vamo-nos perder no tempo....

Um dia os nossos filhos verão as nossas fotografias e perguntarão:

"Quem são aquelas pessoas?"

Diremos...que eram nossos amigos e...... isso vai doer tanto!

-"Foram meus amigos, foi com eles que vivi tantos bons anos da minha vida!"

A saudade vai apertar bem dentro do peito.
Vai dar vontade de ligar, ouvir aquelas vozes novamente......

Quando o nosso grupo estiver incompleto...
reunir-nos-emos para um último adeus de um amigo.

E, entre lágrima abraçar-nos-emos.
Então faremos promessas de nos encontrar mais vezes daquele dia em diante.

Por fim, cada um vai para o seu lado para continuar a viver a sua vida, isolada do passado.

E perder-nos-emos no tempo.....
Por isso, fica aqui um pedido deste humilde amigo:

não deixes que a vida passe em branco,

e que pequenas adversidades sejam a causa de
grandes tempestades....

Eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem morrido todos os
meus amores, mas enlouqueceria se morressem todos os meus amigos!"

"Fernando Pessoa"

A todos os meus (verdadeiros) Amigos, aqueles que sabemos sempre perto mesmo quando existe uma grande distância fisíca. Aqueles que vivem dentro do peito. Aqueles que nos dão a mão quando caímos e, que nos ajudam a afastar as pedras do caminho para que não voltemos a tropeçar. Aqueles que vibram com as nossas alegrias e nos ajudam a limpar as lágrimas na tristeza.

Sim, a todos vós que sabeis a quem se destina esta mensagem, porque...

Sois meus Amigos e o meu maior Tesouro.