Citações, Música, Fotografia, Desabafos, Notícias & Opiniões de uma Lusitana em Terras da Germânia

Montag, Dezember 06, 2004

ATÉ JÁ.

Fecho-me de novo na concha, guardando o corpo entre-mãos.

Um “até ao Natal” desprende-se em sons e tons de lamento não-labiares mas de alma que sofre com a distância de mares/amores de terras verdejantes e de saudade imensa de um amor de Verão que se prolongará na eternidade.

[Sei-o apenas sem me questionar] respondo-te antecipadamente a uma pergunta que adivinho.

Fizeste do momento curto de comunicação em murmúrio O MOMENTO. Dele se espera a eternidade.

Quase sem ver os dedos percorrem teclas dando corpo a ideias e sentires.
Quase sempre esta escrita é passional e desprovida de sentido estético, mas sempre bela.

[Agora deixa-me ir.] ao que te vou respondendo que nunca o poderás fazer porque ficaste inexoravelmente presa a mim.

Ir sem ir, eis o que te espera doravante.

Envolvo-me e envolvo-te em secreções salivares que escorrem entre-lábios queimados pelo fogo intenso da paixão.

[Marcados por lábios e salivares beijos] digo-te sabendo que tu o sabes.

PRESENÇA

Do murmurar apenas ouço o rolar de lágrimas sentidas que se misturam com o rebentar das ondas. Morrem estas na praia, enquanto as primeiras morrem na boca.

[Na minha boca]

O som de dedilhares de cordas numa menina/moça/viola dão o tom certo aos sentimentos que brotam de forma avassaladoura, sem possibilidade de controlo.

[Não ouso sequer tentar fazê-lo.]

[Não consigo falar. Não consigo falar] enquanto tento arrancar-te palavras que me digam o quanto sou importante para ti.

[…um beijo…] entre soluços contidos e lágrimas que teimam em cair e que eu seco com os meus lábios [Um beijo…] repetes de forma continuada ao som lamentoso de uma guitarra a que arranco lamentos.

O marulhar da rebentação traz-me o aroma absoluto de sal e águas calmas. Hoje calmas.

Pressinto-te a contemplar o horizonte em demanda de nem tu sabes o quê.
Instalou-se a saudade e a despedida. Que o não é.
[Apenas um até já] que ambos sabemos ser verdade.

[…um beijo…] que eu sinto leve nos meus lábios sedentos de ti.

[…um beijo] que eu sinto de forma intensa.

Ao longe, muito ao longe, os acordes de cordas, lágrimas que seco e beijos.

…[um beijo…] meigo, acrescentas desta vez…

A aguardar os próximos mergulho na imensidão da beleza de uma paixão que pensei não ser já capaz de sentir.

Agora sou eu quem te diz:

[Um beijo e até logo.]

"LetrasAoAcaso In pisar o risco"

Agradeço ao autor LetrasAoAcaso, que amávelmente cedeu e autorizou a colocação do texto neste espaço.
Nao posso deixar de fazer referência à excelência do seu trabalho. Letras que vai tecendo com alma de poeta, que É.

É com imensa tristeza que o vejo dar o seu blog por encerrado, contudo presto-lhe a minha solidariedade incondicional.
Volta depressa Letras, fazes falta.
Um beijo e Obrigada.
Comments:

2 Comments:

  • At 7:30 PM, Anonymous Anonym said…

    Micas,este blog tá um bocado triste não achas?Vê lá se te animas. Aprendi numa formação sobre Criatividade/Inteligência Emocional que as depressões são os momentos de maior criação e inspiração para muita gente. Espero que não seja o caso.Este f d semana fui a Guimarães assistir à «Posse» das festas nicolinas.É de escangalhar a rir. Portugal já deves saber que parece que vai de mal a pior, já não sabemos o que fazer tal é a desorientação, rir parece ser o melhor remédio.Beijos,GaoBiNa

     
  • At 3:52 PM, Anonymous Anonym said…

    Micas, uma longa e feliz vida deseja-te uma amiga de muitos anos.
    Que mora na Vila mais antiga, vestida de granito e enfeitada de verde. Onde o ar cheira a terra e os amigos são monumentos, sempre firmes apesar de serem antigos
    Beijos para ti e para a tua familia,

    BL

     

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