ATÉ JÁ.
Um “até ao Natal” desprende-se em sons e tons de lamento não-labiares mas de alma que sofre com a distância de mares/amores de terras verdejantes e de saudade imensa de um amor de Verão que se prolongará na eternidade.
[Sei-o apenas sem me questionar] respondo-te antecipadamente a uma pergunta que adivinho.
Fizeste do momento curto de comunicação em murmúrio O MOMENTO. Dele se espera a eternidade.
Quase sem ver os dedos percorrem teclas dando corpo a ideias e sentires.
Quase sempre esta escrita é passional e desprovida de sentido estético, mas sempre bela.
[Agora deixa-me ir.] ao que te vou respondendo que nunca o poderás fazer porque ficaste inexoravelmente presa a mim.
Ir sem ir, eis o que te espera doravante.
Envolvo-me e envolvo-te em secreções salivares que escorrem entre-lábios queimados pelo fogo intenso da paixão.
[Marcados por lábios e salivares beijos] digo-te sabendo que tu o sabes.
PRESENÇA
Do murmurar apenas ouço o rolar de lágrimas sentidas que se misturam com o rebentar das ondas. Morrem estas na praia, enquanto as primeiras morrem na boca.
[Na minha boca]
O som de dedilhares de cordas numa menina/moça/viola dão o tom certo aos sentimentos que brotam de forma avassaladoura, sem possibilidade de controlo.
[Não ouso sequer tentar fazê-lo.]
[Não consigo falar. Não consigo falar] enquanto tento arrancar-te palavras que me digam o quanto sou importante para ti.
[…um beijo…] entre soluços contidos e lágrimas que teimam em cair e que eu seco com os meus lábios [Um beijo…] repetes de forma continuada ao som lamentoso de uma guitarra a que arranco lamentos.
O marulhar da rebentação traz-me o aroma absoluto de sal e águas calmas. Hoje calmas.
Pressinto-te a contemplar o horizonte em demanda de nem tu sabes o quê.
Instalou-se a saudade e a despedida. Que o não é.
[Apenas um até já] que ambos sabemos ser verdade.
[…um beijo…] que eu sinto leve nos meus lábios sedentos de ti.
[…um beijo] que eu sinto de forma intensa.
Ao longe, muito ao longe, os acordes de cordas, lágrimas que seco e beijos.
…[um beijo…] meigo, acrescentas desta vez…
A aguardar os próximos mergulho na imensidão da beleza de uma paixão que pensei não ser já capaz de sentir.
Agora sou eu quem te diz:
[Um beijo e até logo.]
"LetrasAoAcaso In pisar o risco"
Agradeço ao autor LetrasAoAcaso, que amávelmente cedeu e autorizou a colocação do texto neste espaço.
Nao posso deixar de fazer referência à excelência do seu trabalho. Letras que vai tecendo com alma de poeta, que É.
2 Comments:
At 7:30 PM, Anonym said…
Micas,este blog tá um bocado triste não achas?Vê lá se te animas. Aprendi numa formação sobre Criatividade/Inteligência Emocional que as depressões são os momentos de maior criação e inspiração para muita gente. Espero que não seja o caso.Este f d semana fui a Guimarães assistir à «Posse» das festas nicolinas.É de escangalhar a rir. Portugal já deves saber que parece que vai de mal a pior, já não sabemos o que fazer tal é a desorientação, rir parece ser o melhor remédio.Beijos,GaoBiNa
At 3:52 PM, Anonym said…
Micas, uma longa e feliz vida deseja-te uma amiga de muitos anos.
Que mora na Vila mais antiga, vestida de granito e enfeitada de verde. Onde o ar cheira a terra e os amigos são monumentos, sempre firmes apesar de serem antigos
Beijos para ti e para a tua familia,
BL
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