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Donnerstag, November 04, 2004

Palácio de Nordkirchen (parte I)

Para quem gosta de arte e arquitectura, a Westfália é sem dúvida uma zona apetecível. Desde as aldeias tipicamente alemãs, onde a traça arquitectónica de tempos ídos é conservada ao ínfimo pormenor, às grandes catedrais, castelos e palácios que pululam por aqui.


Trago hoje Nordkirchen. Uma aldeia que nasceu a partir de uma herdade oferecida pelo Kaiser Carlos o Grande, no sec. IX, ao primeiro Bispo de Münster, Liudger.
A aldeia deu lugar ao Palácio de Nordkirchen, do qual falarei mais à frente.

Este pequeno povoado estava no domínio da familia Morrien desde 1275.
Sofreu várias transformações ao longo de gerações. Em 1398 desmantelaram a velha igreja da aldeia, devido à grande extensão do muro de defesa existente. Uma nova igreja foi então construida em 1536, a qual permanece até aos dias de hoje. (foto www.eregio.gymnasium.de)
Em 1528 começaram com o planeamento para a construção de um novo palácio. Seria um palácio seguro e protegido, devido aos muros e canais de água existentes a toda à volta do mesmo.
Em 1691 morre o último dos Morrien. Várias estátuas e bustos da familia podem ainda ser vistos no andar superior do palácio, hoje reservado a museu.

Os primeiros esquissos conhecidos do palácio datam de 1697, e pertenciam a um famoso arquitecto da época, Gottfried Laurenz Pictorius. Em 1702 foi então apresentado um plano geral pelos arquitectos Laurenz Pictorius e Jacob Roman aus s´Gravenhage. A sua construção teve início em Junho de 1703 sendo conduzida durante várias gerações da familia Plettenberg-Lenhausen.



Para quem conhece o Palácio de Versailles, essa poderá ser a primeira impressão que se tem ao deparar com a entrada do Schloss Nordkirchen. É mesmo conhecido na Alemanha como
– Versailles Westfálica –


Passear pelos seus belíssimos jardins, que mais parecem traçados a régua e esquadro tal é a perfeição, pejados de estátuas que invocam a mitologia grega.



Percorrer as extensas alamedas ladeadas de árvores centenárias de porte altivo e que nesta altura do ano mais parece uma explosão de cores como eu nunca antes vi. Vermelhos, laranjas, amarelos, roxos, estão aqui todas as tonalidades possiveis e imaginárias. Árvores e arbustos cheios de bagas nos mesmos tons de ocre. Qual paleta de pintor, numa autêntica sinfonia de beleza e cor. Ou então apenas olhar os patos nos extensos lagos que envolvem o palácio, remetem-nos para um ambiente de fantasia e romantismo impar, onde a beleza natural aliada à arte se respira em todos os recantos.


(foto www.euregio-gymnasium.de)
(continua)


Comments:

4 Comments:

  • At 1:33 AM, Blogger Fátima Santos said…

    vou só deixar um abraço e dizer que (acaso) cono me apetecia estar fosse ali no cemitério Celta ou a navegar nos entrelaces de Versalles ou neste que, como o cemitério não conheço.

     
  • At 3:32 PM, Blogger almadepoeta said…

    Lindas imagens, melhor descrição, e muita vontade da minha parte de conhecer, e mais, de ser ave, só assim poderia voar, pq viajar mesmo nem em sonhos, há valores € que falam mais alto...srsrsr....
    Bonita ideia a deste blog. Parabéns

     
  • At 10:34 PM, Blogger almadepoeta said…

    Querida Micas......venho te deixar um beijo muito grande e dizer que desejo de todo o coração as melhoras da tua mãe. Muita fé e coragem para ti. Um beijo grande

     
  • At 12:07 AM, Anonymous Anonym said…

    LetrasAoAcaso


    Perder-me-ía entre esses jardins - ou outros - acaso pudesse murmurar...
    O meu beijo, Maria com ausências.

     

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