O Quinto Império
Contente com o seu lar,
Sem que um sonho, no erguer de asa,
Faça até mais rubra a brasa
Da lareira a abandonar!
Triste de quem é feliz!
Vive porque a vida dura.
Nada na alma lhe diz
Mais que a lição da raiz –
Ter por vida a sepultura.
Eras sobre eras se somem
No tempo que em eras vem.
Ser descontente é ser homem.
Que as forças cegas se domem
Pela visão que a alma tem!
E assim, passados os quatro
Tempos do ser que sonhou,
A terra será teatro
Do dia claro, que no atro
Da erma noite começou.
Grécia, Roma, Cristandade,
Europa – os quatro se vão
Para onde vai toda idade.
Quem vem viver a verdade
Que morreu D. Sebastião?
In brevíssima portuguesa – Mensagem – Fernando Pessoa
6 Comments:
At 12:56 PM, Anonym said…
Bonito... só sensivel para quem conheça a imigração
At 1:03 PM, Anonym said…
O primeiro comentário, é de Pantanero... espero aqui vir mais vezes (embora não me entenda lá muito bem com este campo de comentários, mas Deus é grande... e ha-de ajudar quem não sabe)Pantanero
At 1:28 PM, Micas said…
Obrigada Pantanero. Sou nova nestas andanças, agradeço a visita. Também já está "linkado".
At 3:20 PM, Anonym said…
Eu referia-me à minha ignorância, e não à tua... e como humildade oblige, aqui fica mais este comentário. Pantanero
At 8:44 AM, Anonym said…
Bom dia Micas
Lindo poema. Beijinho.
(Nilson do Nimbypolis)
At 10:35 AM, Micas said…
Obrigada Nilson. Beijinho
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