Citações, Música, Fotografia, Desabafos, Notícias & Opiniões de uma Lusitana em Terras da Germânia

Mittwoch, Dezember 29, 2004

Boa saída de 2004 e melhor Entrada em 2005!



Colhi romãs do meu pomar
Ainda antes do sol raiar
Que ofereço a cada um que aqui passar
Para que a semente terra fértil vá encontrar!




Com votos de um Novo Ano repleto de Prosperidade, Esperança, Saúde e Paz
Muita Luz e um coração para Amar.
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Montag, Dezember 27, 2004

Sem esperança!

Mais um excelente texto do LetrasAoAcaso, que tenho a honra de aqui colocar.
Merece uma leitura atenta e de reflexão em finais de mais um ano!


Sem esperança!

[Respiram-se os últimos dias de arremedos; tal como na velha Berlim antes da guerra, uma enganadora liberdade respira-se até ao limiar dela. Na sombra paira o fantasma das trevas]



Medir o Tempo, controlá-lo é algo tão velho como o próprio homem.

Por determinação Papal – lembro que o calendário que nos rege foi promulgado por Gregório XIII no ano de 1582 e veio substituir o calendário Juliano que vigorava desde o ano 46 A. C. instituído por Júlio César e que havia sido concebido pelo astrónomo alexandrino, Sósigenes – estamos a chegar ao final de mais um ano, sempre tempo de balanço.



A esperança sempre renovada de que o próximo "será o ano da mudança" salda-se invariavelmente pela desilusão.

O mundo está cada vez mais injusto, as soluções para inverter esta tendência não surgem, esperando-se quiçá a intervenção divina para algo que é do domínio exclusivo do ser humano. Cada um de nós pode operar o milagre. Bastaria para tanto a boa vontade, a tolerância, a solidariedade.

Porém cada homem é cada vez mais uma ilha egocêntrica que teima em olhar apenas para o próprio umbigo.

Ganham com isto os detractores da vida, da liberdade e da dignidade.



Berlim 1930:



A Kunfurstendamm, a grande avenida mandada construir por Bismarck, para tentar ultrapassar os Campos Elíseos, reunia e simbolizava nessa época ainda não muito distante no Tempo, todas as loucuras e prazeres da época. - Goebbels viria a defini-la como a "avenida de todos os deboches" –

Amontoavam-se nesta avenida galerias de arte, boîtes nocturnas, costureiros chiques, cinemas, cafés da moda, sempre animada por um povo efervescente, cosmopolita, versátil e frívolo, amante da arte e dos artistas.

Na sala barroca do "Gloria-Palast" Marlene Dietrich, é aplaudida de pé por centenas de convidados pelo seu desempenho no filme "Anjo Azul". Havia nascido uma estrela. Controversa, como se sabe.



Mesmo em frente ao "Gloria", o Romanisches Kafe, onde pululavam todas as vanguardas.

Discutia-se acaloradamente em tons boémios, Trotsky e Bukarine, esperava-se poder ver Brecht, Lang, Heinrich Mann, Ernst Lubitsch, quem sabe, Otto Dix ou mesmo Kurt Weill?

Jornalistas, editores, escritores famosos davam muito do seu tempo ao célebre café sem sedução alguma.

Aparentemente respirava-se liberdade por todos os poros.

Porém o fantasma que ainda hoje ensombra o mundo espreitava apenas a oportunidade certa.

Sobreveio o cataclismo.

A II guerra Mundial, um dos muitos crimes com que a humanidade se manchou definitivamente.



Mundo 2004:



Miséria – Sudão é apenas um de muitos outros exemplos.

Guerra – pontua o Iraque ocupado pela "civilização" Ocidental que impõe pela força o que não foi capaz de impor pela tolerância.

Corrida ao armamento por parte da maioria dos países, tentativas de extermínio de outras raças - Israel tenta a todo o custo exterminar os vizinhos Palestinianos.

As guerras tribais – Ruanda versus República "Democrática" do Congo e tantas outras.



Como se tudo isto não bastasse, os cataclismos – veja-se o número impressionante de vítimas em países do sudeste Asiático mesmo no findar de um ano para esquecer –



Olhando para os homens que lideram o planeta não poderemos esperar milagre algum.

Bush continuará a sua política arrogante, os caciques regionais para o continuarem a ser, alimentarão o caos, os oprimidos continuarão a sê-lo, da mesma forma que os poderosos o continuarão a ser também.



Portugal 2004



Não somos a excepção.

Digo-o com mágoa.

Um ano em que um primeiro-ministro foge às responsabilidades após uma tremenda derrota eleitoral, a incapacidade do PR (Presidente da República) em ser capaz de fazer um juízo de valores que olhasse o país e não interesses mesquinhos e vingançazinhas pessoais, o descrédito - ainda mais - das instituições que supostamente deveriam funcionar em prol de todos e não apenas de alguns, a mediocridade de um (des) governo saído não se sabe de onde, perdido, alheio aos problemas do colectivo e da "cousa pública", o desvirtuar de tudo no mundo do desporto - sobretudo no futebol, onde impera a "cousa nostra" - o cair da máscara hedionda que tapou durante anos pessoas que aprendemos a admirar, mergulhados no lodaçal da suprema infâmia da violação de menores, a corrupção generalizada a nível do Estado, o enriquecimento repentino de muitos políticos da nossa praça e tantas outras questões sem aparente resolução à vista.


Para que olhemos para o lado errado das coisas, presenteiam-nos com "quintas de celebridades/anormalidades", "1, 2, 3", passando-nos a todos atestados de burrice.


A somar a tudo isto a guerra civil que se trava nas nossas estradas, onde os condutores se degladiam alegremente até à morte de um deles ou de ambos.



César certamente estará de polegar invertido.

A matança continua como o demonstram os números negros do Natal.



2005, o que esperar?



As ruas das grandes cidades continuam animadas, pese embora a crise instalada um pouco por todo o mundo.

As pessoas continuam alegremente despreocupadas com os semelhantes, com tudo o que as rodeia e as devia preocupar. O supérfluo toma o lugar do essencial.

O que esperar? – A continuação das ditaduraszinhas disfarçadas de democracias, um Hitler perfilado no horizonte, só que desta vez vindo do outro lado do Atlântico, mais fome, mais guerras e mais miséria.



O que esperar?

Nada.

A não ser que o milagre do acordar se dê.

"Belisquem-nos porque teimam em dormir" diria Pessoa.

Acrescento: somos zumbis.

Acabaremos um outro ano no mês décimo e o engano alastrará a tudo.

Anseio pelo regresso ao calendário Juliano que tinha mais um mês. Quem sabe nesse – mesmo que apenas nesse – pudéssemos ser felizes!

"LetrasAoAcaso"

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Freitag, Dezember 24, 2004

Feliz Natal.


Desejo a todos um Natal Feliz,
Uma noite de Luz e de Paz no coração de cada um de nós.

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Montag, Dezember 20, 2004

Boas Festas.

Deixar uma mensagem de Boas Festas a todos que por aqui passam, sem querer estragar o espirito de natal, é o que tentarei fazer.
Nem sempre é fácil encontrar as palavras certas. Palavras que não estejam gastas ou sejam ôcas.
Sempre que é chegada esta quadra, sinto um misto de alegria e revolta. Alegria, porque o natal para mim, significa acima de qualquer outra coisa, Reunião com todos aqueles que amámos.
Revolta, por toda a hipocrisia e cinismo que se gera ao redor desta época, só para „Inglês ver“, já que todos continuam no seu „stress natalício“ sem olhar sequer para o lado.

Em vez da solidariedade falsa que vêmos a toda a hora nestes dias, seria bom um pouco mais de reflexão. Seria bom que a partilha que todos parecem querer mostrar somente nesta época, para com aqueles que na noite de natal não tem sequer um pedaço de pão para enganar o estômago, fosse doseada ao longo de todos os dias do ano. Talvez assim fosse mais fácil a essas pessoas sentir um pouco de dignidade ao receber o prato de sopa que lhes servem nessa noite, que dizem de Luz.

A todos desejo, umas Boas Festas, repletas de Amor, União, de Paz e Esperança.

A Micas vai de férias. Vai aproveitar uns dias de lazer, e fazer uma arrumação no „Sotão“ para receber o Novo Ano com as ideias mais „arejadas“...
Ainda assim, arranjará tempo para visitar os blogues amigos na medida do possivel.

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Freitag, Dezember 17, 2004

Frase do dia.

O humor é a solução séria para os factos desagradáveis da vida.
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Donnerstag, Dezember 16, 2004

Break a leg!

Kira, Heute ist für dich.







Para uma amiga, que faz hoje a sua "prova de fogo".
















Du hast es geschafft!
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Montag, Dezember 13, 2004

A Ponte



A ponte que ainda mal vislumbro pela neblina que me tolda o olhar.
A ponte. Que quero atravessar.
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Freitag, Dezember 10, 2004

"As palavras não fazem o homem compreender,
é preciso fazer-se homem para entender as palavras."

Herberto Helder
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Montag, Dezember 06, 2004

ATÉ JÁ.

Fecho-me de novo na concha, guardando o corpo entre-mãos.

Um “até ao Natal” desprende-se em sons e tons de lamento não-labiares mas de alma que sofre com a distância de mares/amores de terras verdejantes e de saudade imensa de um amor de Verão que se prolongará na eternidade.

[Sei-o apenas sem me questionar] respondo-te antecipadamente a uma pergunta que adivinho.

Fizeste do momento curto de comunicação em murmúrio O MOMENTO. Dele se espera a eternidade.

Quase sem ver os dedos percorrem teclas dando corpo a ideias e sentires.
Quase sempre esta escrita é passional e desprovida de sentido estético, mas sempre bela.

[Agora deixa-me ir.] ao que te vou respondendo que nunca o poderás fazer porque ficaste inexoravelmente presa a mim.

Ir sem ir, eis o que te espera doravante.

Envolvo-me e envolvo-te em secreções salivares que escorrem entre-lábios queimados pelo fogo intenso da paixão.

[Marcados por lábios e salivares beijos] digo-te sabendo que tu o sabes.

PRESENÇA

Do murmurar apenas ouço o rolar de lágrimas sentidas que se misturam com o rebentar das ondas. Morrem estas na praia, enquanto as primeiras morrem na boca.

[Na minha boca]

O som de dedilhares de cordas numa menina/moça/viola dão o tom certo aos sentimentos que brotam de forma avassaladoura, sem possibilidade de controlo.

[Não ouso sequer tentar fazê-lo.]

[Não consigo falar. Não consigo falar] enquanto tento arrancar-te palavras que me digam o quanto sou importante para ti.

[…um beijo…] entre soluços contidos e lágrimas que teimam em cair e que eu seco com os meus lábios [Um beijo…] repetes de forma continuada ao som lamentoso de uma guitarra a que arranco lamentos.

O marulhar da rebentação traz-me o aroma absoluto de sal e águas calmas. Hoje calmas.

Pressinto-te a contemplar o horizonte em demanda de nem tu sabes o quê.
Instalou-se a saudade e a despedida. Que o não é.
[Apenas um até já] que ambos sabemos ser verdade.

[…um beijo…] que eu sinto leve nos meus lábios sedentos de ti.

[…um beijo] que eu sinto de forma intensa.

Ao longe, muito ao longe, os acordes de cordas, lágrimas que seco e beijos.

…[um beijo…] meigo, acrescentas desta vez…

A aguardar os próximos mergulho na imensidão da beleza de uma paixão que pensei não ser já capaz de sentir.

Agora sou eu quem te diz:

[Um beijo e até logo.]

"LetrasAoAcaso In pisar o risco"

Agradeço ao autor LetrasAoAcaso, que amávelmente cedeu e autorizou a colocação do texto neste espaço.
Nao posso deixar de fazer referência à excelência do seu trabalho. Letras que vai tecendo com alma de poeta, que É.

É com imensa tristeza que o vejo dar o seu blog por encerrado, contudo presto-lhe a minha solidariedade incondicional.
Volta depressa Letras, fazes falta.
Um beijo e Obrigada.
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Mittwoch, Dezember 01, 2004

37,2 Milhões de infectados





Porque "ela" espreita em qualquer esquina!
Porque não acontece só aos outros!
E para que não te lembres "dela" apenas hoje!
Porque Tu,
Tu podes ser o próximo...





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